segunda-feira, 27 de agosto de 2007

E não me chamem de revolucionário pensando nesse termo como pejorativo. Prefiro ser chamado de lunático e ter lunáticos que me compreendam a ser chamado de revolucionário e ser tido como um conjurador sem base. Como disse minha professora de história, desqualificar os movimentos é o princípio ativo para fazê-los perder força. Pois bem, que sejam jogadas as pedras!

Não existe maturidade sem liberdade. Julga-se que adolescentes são possuidores de idéias lunáticas para mudar o mundo. Bem, eles não são capazes disso por causa do protecionismo intenso que existe pelos adultos.

Antigamente, os meninos com quatorze anos começavam a trabalhar com o pai na fazenda, na oficina. Aos vinte já estavam casados e aos vinte e três já sustentavam família.

Hoje se reclama de meninos de faculdade (leia-se vinte, vinte e um anos) que espancam uma mulher após beberem e se drogarem sem limites.

O discurso de um menino de rua que joga pauzinhos para cima no sinal para conseguir trocados que sustentem seus dezessete irmãos é totalmente diferente de um da mesma idade que troca de tênis ou celular mensalmente porque “cai de moda”.

Ambos sabem que o crime mata. Este por vê-lo na TV, aquele por vê-lo em sua frente. Pergunte qual é mais maduro.

Deve-se saber exercer a liberdade. Sim, concordo, mas não se nasce sabendo ler, e nem gostando disso. Não se nasce uma estrela no futebol. Robinho treinou. Ronaldinho já falhou muitas vezes antes de se tornar o que é. A liberdade deve ser aprendida, adquirida, estimulada e treinada.

A feira de cultura do dia 25 foi uma amostra de como a liberdade de escolha da forma de desenvolvimento de um trabalho, e como colocá-lo em prática ajuda uma pessoa a assimilar o conhecimento.

A feira foi uma prova do quão maduros podemos nos mostrar, se nos for dado um pinguinho de liberdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário