sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Revogação

Prezada Humanidade,

É com grande pesar que gostaríamos de informar que não renovaremos seu contrato esse ano. Isso significa que todos os "Feliz Ano Novo" antecipados que V.Sas. deram aos amigos estão automaticamente anulados.
Infelizmente, 2010 não existirá para vocês.

Primeiramente, ressalvamos que os boatos sobre 2012 não são verdadeiros e pedimos encarecidamente para que V.Sas. desconsiderem qualquer publicação sobre o assunto. Isso inclui o cinema.

Pedimos para que V.Sas. entendam que, embora a Mãe Natureza & Deus Holding se reserve no direito de não desvendar informações sobre a não renovação do contrato de existência de todos os seres humanos no planeta, gostaríamos de fazer algumas clarificações:

1. Da poluição do meio ambiente. Uma das maiores razões para a sua demissão; A MN&D não mais suportava a falta de educação de seus sócios e funcionários despejando lixo em qualquer lugar da empresa. Mediante a completa danação, esperamos de coração que V.Sas. possam meter seu lixo no lugar que lhe cabe.

2. Da 'salvação do planeta'. Francamente, "salve o planeta"? V.Sas. se mostraram um pouco mais despretensiosos na sua entrevista, milênios atrás. Enquanto uma leve alteração de temperatura provoca chuvas, enchentes e mata milhares de V.Sas., funcionários, pedimos que, mesmo estando fora da existência física, V.Sas. reavaliem a sua posição e percebam quem é que precisa de salvação.

3. Do aquecimento global. Aquecimento global não é um fenômeno novo. É, aliás, bem comum, principalmente para nós que construimos essa empresa. O efeito estufa vai acontecer, e vai haver outra era do gelo como sempre foi. Diferente do que V.Sas. aparentemente costumam pensar, a Terra já girava antes da sua contratação e certamente continuará girando após a sua demissão. De fato, isso só não ocorrerá caso V.Sas. dêem um jeito de explodir o planeta - eis, pois, outro motivo pelo qual 2010 não será um bom ano para V.Sas..

4. Das guerras. Uma é pouco, duas basta. Três é o estopim. Na verdade, uma só já é o estopim. Se nossos sócios e funcionários não são capazes de conviver e trabalhar com eles mesmos harmoniosamente, não há nexo que eles possam ter o direito de conviver com pessoas de cargo mais elevado na empresa. Mediante a sua incapacidade de promoção, não achamos interessante mantê-los na empresa.

5. Do funk. Sinceramente, seres vivos capazes de produzir ou sequer tolerar tal aberração sonora não merecem convívio social. Visto que, como dito por um de nossos mais exímios funcionários, 'o homem é um ser social', os primeiros que riscamos da nossa lista foram os seres humanos que possuíssem qualquer relação com essa falha socio-musical.

6. Das eleições. Nas últimas, tentamos lembrar V.Sas. de que animais como antas, burros, jumentos, porcos, cobras, bichos-preguiça e frutos do mar não estavam concorrendo para presidente. Sua falha em nos ouvir fez com que V.Sas. caíssem drasticamente em nosso conceito.

Anunciamos um prazo de uma semana para que V.Sas. possam entrar em pânico, rezarem inutilmente e saquearem supermercados e sex-shops. Após excedido esse prazo, precisamente no dia 31 de Dezembro de 2009, mandaremos um cataclisma que visa exterminar qualquer vestígio de humanidade no mundo.

Gostaríamos, finalmente, de lembrar que aqueles que observaram os tópicos acima e, têm a certeza no coração de que a sua sobrevivência transcendental irá satisfazer à MN&D, poderão participar de um concurso realizado no dia 28 de Dezembro.

Para mais informações sobre o concurso, favor acessar o site www.eurealmentenaoqueromorreranoquevem.com e preencher o formulário de inscrição. Informamos que são 3 bilhões de inscritos por vaga, um homem e uma mulher. O sistema de cotas não se aplica a esse concurso por ter sido péssimamente concebido em primeiro lugar.

Por fim, informamos que não haverá maçãs para os ganhadores. Da última vez que fizemos isso acabamos por espalhar o pecado no mundo.

Sem mais a dizer, despedimo-nos,
Mãe-Natureza e Deus Holding Ltda.

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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Adulteza

De tudo mais, sinto falta da humildade despretensiosa da infância. Quando o mundo não passa dos nossos brinquedos e brincadeiras com os amiguinhos e não há necessidade de sabermos mais do que nos cabe.

À medida que essa ‘coisa grande cheia de janelas’ vira um prédio, aquela ‘vontade de não ir para aquele lugar’ se transforma em medo e ‘aquela dor estranha no meu peito’ vira paixão – quando as coisas do mundo começam a ganhar nome e função – dizem que nossa mente se abre.

Sempre fui da opinião “quanto mais aberta nossa mente, melhor”, mas e o "só sei que nada sei"? Será mesmo que abrir a cabeça funciona? Entender e conhecer o mundo? Acaso isso não nos tornaria pessoas cada vez mais arrogantes e cheias de si? Senhores da verdade?

Como já dizia a música da banda Evanescence, “Quero voltar para acreditar em tudo e não saber nada”. A adolescência se provou ineficaz na minha vida (e certamente na de grande parte das pessoas). Nossos complexos de sabedoria nos faziam imbecis. Hoje já não dá mais pra consertar, mas pelo menos acabou.

Quanto a ser adulto… sinceramente, estou desapontado. Conviver com adultos só parece uma repetição mais hipócrita da minha adolescência. Jovens que fingem ser maduros e que, no final das contas, tudo que querem é conversar sobre seus amores e seus lazeres. Muitos dos meus colegas mais responsáveis querem é jogar jogos no videogame e sair na sexta à noite, comer uma pizza assistindo a uma animação na casa de um amigo. Jogar um RPG! A máscara do trabalho e da responsabilidade fala mais alto muitas vezes. A grande máquina da opinião alheia é por demais destrutiva. Têm por obrigação serem maduros e, por tentar simulá-lo, tornam-se mais infantis.

Adolescentes acham que sabem de tudo. Adultos têm certeza disso. Essa soberba, esse preconceito nos torna mais fracos e dependentes. No fundo, gostaríamos todos de voltar a infância, mas não é para não ter responsabilidades, não; é para não precisarmos ficar nos enganando dia após dia sobre o que nós queremos, sobre o que nós não queremos. Queremos poder ser criança para podermos finalmente ser francos com o mundo.

A terceira idade, a idade adulta e a adolescência são mímicas toscas do que os nossos sonhos de infância não conseguiram realizar quando nós mesmos caímos na tola tentativa de perseguir a felicidade absoluta.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Revanchismo

No último encontro falei sobre a dor. Muitas coisas me vêm a mente agora: carma, teimosia, “lei de Murphy”, “lei da atração”, birra (de Deus, principalmente), psicologia reversa.

Não faz muito tempo que assenti. Sim, a dor existia, estava lá e, enquanto não me matasse, eu continuaria. A minha era a paixão solitária.

Mas foi-se.

Ora, a própria Dor a quem eu estava agradecendo no último post simplesmente decidiu ir embora. A paixão que não era correspondida simplesmente correspondeu. E minha cara, como fica na história? E a poesia do último texto? Ideologia? Há!

Essa Dona Dor conseguiu dar uma rasteira no meu ego! Fez parecer toda a minha ideologia heróica e conformista uma tremenda hipocrisia poética! E o pior? Não tenho nem o direito de ficar bravo. Alguma coisa chamada felicidade me impede de brigar com a dor.

Céus, o que estou dizendo? Quer dizer então que estou achando ruim por não estar sentindo dor? Soa irônico e hilário. Tragicômico, mas é isso mesmo. Acho que no final das contas a dor era um grande bloco do que me construía. Algo que eu vinha sentindo há muito tempo, um drama sobre o qual eu montava toda a minha personalidade.

Sinto falta da dor por sentir ter perdido algo de mim, mas na realidade também me sinto despido numa multidão. Infantil, meio sem rumo. Sem dor, o que resta de mim?

Sei que pouco sei, mas consigo ver uma oportunidade de amadurecer com tudo isso. A felicidade está presente. A dor pode voltar, mas voltará diferente. Amo a forma que me sinto agora, mas, se porventura me voltar a doer, estou convencido de que serei uma pessoa diferente.

O amor propriamente dito, estive pensando, é o melhor professor sobre si mesmo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Dor no pé

E
u estava correndo quando pisei no caco. Quando aconteceu, não parecia mais grave do que alguma pedra ocasional que eu pisasse. Só fui ter uma idéia do que aconteceu quando senti meu sapato mais pesado e molhado.

Parei por um instante. Ao tirar o sapato já notei a meia encharcada de sangue. Pensei ser um ferimento pequeno, mas ao mesmo tempo que raciocinei que o sangue era muito, ja havia tirado minha meia e analisado a ferida. Era pequena, mas profunda, um pouco abaixo da dobra entre o primeiro e o segundo dedo do pé.

Não soube se era uma pontada na barriga ou no machucado (ou nos dois) o que senti na hora, mas fui mancando até meus pais e mostrei o ocorrido.

Fui medicado.

Na outra semana iria para a praia. Meus pais não poderiam me deixar sozinho em casa. Minha mãe meteu inúmeras recomendações em minha cabeça, a maioria das quais foi embora no primeiro minuto em que vi o mar. O mar é excepcionalmente maravilhoso para nós, mineiros.

Logo no primeiro dia quis entrar no mar. Meu pai me advertiu quanto ao perigo, mas não resistiu ao ver minha tremenda convicção e teve pena da minha enfermidade quase incapacitante. Decidiu ele mesmo ir comigo, entenda, caso acontecesse “alguma coisa”

Fui no colo até a margem da praia, a borda entre o mar e a areia. Meu pai me colocou no chão de chinelo e com o ferimento enfaixado, mas a areia era fina e penetrou, logo nos primeiros passos, até tocar o sensível. Doeu, sim, mas não o suficiente para me derrubar.

Andamos bons cem metros de tranquilidade, conversando, até que o mar, imprevisível como só, lançou-nos uma daquelas ondas que terminam nos nossos pés, gelando-os, se ainda não estiverem molhados. A areia, se era fina e traiçoeira, nao era párea para a água e o sal que ela carregava consigo. A mistura que entrou pelo meu curativo pareceu perfurar minha pele, atravessar a carne do machucado e carcomer minha alma!

Dor, ó dor, pensei e olhei para o mar e a praia, não é você quem vai me segurar! Todos os meus heróis de infância eram fortes e suportavam a dor para chegar aonde queriam. Era apenas natural que chegasse a minha vez de experimentar o momento em que eu teria que provar para mim mesmo que era como eles.

Meti em minha mente que eu deveria ser forte. Meti em minha mente que aquela dor excruciante não era nada, era só um cortezinho no pé. Logo o pé, aquela parte esquecida do corpo da qual muitos tem até asco!

Era falho. Os argumentos insólitos que eu usava para eufemizar minha dor, na verdade, vinham e iam do mesmo jeito que os vaga-lumes piscam e somem ou que os peixes pulam e mergulham na água em um piscar de olhos. Tudo para o qual eles serviam era, ao invés de minimizar a dor, aumentá-la, teimando em me lembrar de que ela existia e estava ali, implacável, irredutível.

Eis que numa reviravolta mental, briguei com a dor. Discutimos a relação como um casal insatisfeito.

É assim, é? Você vai estragar minhas férias? Perguntei a ela. Ela só ria, como um menino levado protegido dentro de um carro. Não vai ficar assim não. E, lembrando de quanto mais alto formos, maior é a nossa queda, assenti. Sim. A dor existe. O machucado é grande, dói mesmo!

Uma das grandes formas de vencer um inimigo é juntando-se a ele. Numa fração de segundo parei de reclamar da dor, parei de mancar. Ela estava lá, ela era mais forte do que eu. De que adiantava lutar contra ela? Por que não tentar conviver com ela?

A dor, caros amigos, é uma forma do seu corpo mostrar para você que algo de perigoso o está violando. A dor não é um carma, é uma bênção, um mecanismo de defesa estrategicamente bolado.

Terminei o percurso pela praia e também as minhas férias. Eu, meus pais e minha dor.

Esses dias tenho estado apaixonado e, como muitos, não sou correspondido. A paixão é mais uma dor no pé e eu não sou um herói de desenho-animado que lutará contra ela.

terça-feira, 23 de junho de 2009

NEY MATOGROSSO VÍTIMA DE ATAQUE DO VAMPIRO MANÍACO

Por Luciana Rabelo

Rio de Janeiro
O cantor brasileiro Ney Matogrosso, da banda dos anos 70 Secos & Molhados, recentemente concedeu uma entrevista acerca do recente ocorrido três dias atrás numa noite do subúrbio carioca.

Ney Matogrosso alega ter sido vítima de tentativa de estupro. “E não era só sexo não! O cara era maníaco! Ele ficava mordendo meu pescoço num tipo de preliminar doentio! Arrancou até sangue”, diz o artista.

O exame pós-traumático realizado logo após o ocorrido revelou sérias anomalias no metabolismo de Ney Matogrosso, possivelmente causadas por algum tipo de injeção aplicada sobre ele durante o ato.

O Departamento de Investigação do Rio de Janeiro estabeleceu um retrato-falado do suspeito e cidadãos das redondezas alegam ter visto o sujeito, um turista estrangeiro sob o nome de Edward. “Vamos procurar pelo foragido em todos os lugares e contatar a embaixada de seu país para podermos resolver esse problema sem necessidade do uso de força-bruta”, diz o Capitão da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, José Luiz do Bonfim.

Ao final da entrevista, Ney Matogrosso diz algo que parece ser em referência ao seu pulo-de-gato oportunista de volta à mídia. “Estranhamente, eu me sinto mais brilhante do que nunca!”, diz o cantor.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Por lentes

Sempre há quem goste de tirar fotos. Ficam todos cheios de si quando vêem uma lente apontada em sua direção. Há quem não ligue e finja que as lentes não existem. Há quem não goste mas não liga. Há também quem não goste e coloque a mão (ou qualquer coisa ao alcance) na frente.

No final, o mundo, com toda a sua vastidão de pessoas e objetos, proporciona infinitas possibilidades de fotografia. Independente de objetividade (o eterno paradoxo fotográfico de capturar um momento real, concreto e objetivo e ao mesmo tempo uma mensagem simbólica e subjetiva), é na natureza que encontramos a inspiração, a peça, a obra.

Quem não admira um retrato infantil sorridente ao brincar com uma bola? Ou uma fotografia de um beijo apaixonado de casamento? Quem não sente aconchego ao vislumbrar a imagem de um casal de idosos lendo juntos em frente a uma fogueira? Afinal, quem não fica maravilhado ao ver a foto do crepúsculo ou da aurora?

Um fotógrafo que é artista irá induzir suas próprias experiências para dentro da sua imagem. Ele lançará ao mundo suas sensações e suas impressões. O artista é empregado do que existe, constantemente eternizando a vida.

É irônico o fato de que é impossível viver e fotografar. Quem vê a vida por lentes dá um grito mudo de sua eterna vontade de participar do momento que presenteia o mundo.

domingo, 10 de maio de 2009

Nada além importa

A melhor tradução para “Nothing else matters”, do Metallica, ao meu ver, não é “Nada mais importa”. A expressão “nada mais” dá a impressão de que nada absolutamente importa, e não é ela que eu quero passar. “Nada além” significa que algo definido importa, mas além desse algo definido, nada faz diferença. É isso que eu sinto.

Na falta de um texto melhor elaborado, eu estive pensando ultimamente, vou postar a letra dessa música. Ela tem sido muito significativa na minha vida nas ultimas duas semanas.

Nothing else matters

Metallica

Nada além importa

Metallica

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Tão perto, nao importa o quão longe
Não poderia vir mais do coração
Para sempre confiando em quem nós somos
E nada além importa

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters

Nunca me abri dessa forma
A vida é nossa, nós vivemos do nosso jeito
Todas essas palavras eu não apenas digo
E nada além importa

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Confiança eu busco e encontro em vc
Todo dia para nós algo novo
Abra a mente para uma visão diferente
E nada além importa

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

Nunca liguei para o que eles fazem
Nunca liguei para o que eles sabem
Mas eu sei

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Tão perto, nao importa o quão longe
Não poderia vir mais do coração
Para sempre confiando em quem nós somos
E nada além importa

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

Nunca liguei para o que eles fazem
Nunca liguei para o que eles sabem
Mas eu sei

I Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters

Eu nunca me abri dessa forma
A vida é nossa, nós vivemos do nosso jeito
Todas essas palavras eu não apenas digo
E nada além importa

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Confiança eu busco e encontro em vc
Todo dia para nós algo novo
Abra a mente para uma visão diferente
E nada além importa

Never cared for what they say
Never cared for games they play
Never cared for what they do
Never cared for what they know
And I know, yeah!

Nunca liguei para o que eles dizem
Nunca liguei para os jogos que eles jogam
Nunca liguei para o que eles fazem
E eu sei, yeah!

(solo)

(solo)

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Tão perto, nao importa o quão longe
Não poderia vir mais do coração
Para sempre confiando em quem nós somos
E nada além importa

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Horário – 22/04/2009

Bom, como fazer programa tá complicado esses dias, eu resolvi botar meu horário disponível aqui pras pessoas verem quando eu tenho livre e quando eu tenho ocupado.

Bem auto-explicativo, né? Pois é…

Hora

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22:30






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O x basicamente significa “não posso”. O resto que eu tenho livre é o tempo que eu estou em casa. Nos dias de semana a noite eu gostaria de ficar em casa! (é verdade, não gosto de sair a noite!) Mas aberto a qualquer programa de internet. Domingo, me chamem!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

En garde!

Os jargões da Esgrima, como o do título desta postagem estão cada vez mais próximos de nós e mal percebemos.

É claro que nem tudo é um duelo de esgrima. A esgrima foi um esporte popular entre a classe aristocrática desde o século XVI, mas poucos sabem que até hoje lutamos esgrima. Com as palavras.

Num jogo de argumentação, é preciso armas e métodos similares ao duelo físico em si. Primeiramente, duas pessoas inteligentes. Duas pessoas inteligentes bem armadas. Os floretes são as palavras. Palavras – você vai descobrir – podem se provar tão ou mais afiadas do que um florete. São fortes, às vezes, são rápidas.

Tem-se que medir os movimentos, prestar atenção na arena. Até onde você pode avançar? Qual é a sua margem de segurança? O que um avanço pode significar?

Quando o duelo começa, efetivamente, tem-se que ter preparo físico. Armar sua defensiva, atacar (há quem diga que a melhor defesa é o ataque). Prever, principalmente, os movimentos do adversário. Confundir o adversário.

Como em esgrima, argumentar necessita de todas essas pequenas estratégias sociais. Elas estão mais próximas de nós do que a luta em si. São universais. Hoje em dia, quem não luta esgrima é levado pela enorme maré de lutadores proficientes.

Quando chega a hora do Touché… quando chega a hora da estacada final, tem-se que impalar o adversário. Esgrima originalmente era lutada até a morte. Hoje em dia, o esporte permite que o adversário após derrubar sua contraparte, dê-lhe a mão e ajude-o a levantar.

Será a esgrima argumentativa universal similar ao esporte

Ou à guerra?

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Apaixonado

Totalmente ao acaso. Conhecemos-nos ontem a noite. Eu estava sem nada para fazer, sem sono, pra variar, num final de um domingo entediante. Eis que ela surge à minha frente, despretensiosa, quase inocente.

Não digo que foi amor à primeira vista, não. Eu já a conhecia, já a havia visto. Dizia, na verdade, que a odiava. Era pura inveja dos que já a conheciam e já sabiam lidar com ela…

O que? Mulher? Não, não… vc entendeu errado. Eu estou falando da minha mais nova paixão: a Ilustração Vetorial!

Ontem estava boiando inutilmente quando resolvi abrir o Illustrator. Não me lembro bem pra quê. Abri, peguei alguns tutoriais e fui feliz. É verdade, uma aula seria interessante, mas devido às presentes circunstâncias da minha agenda (e da minha conta bancária), não posso pegar mais aulas. Restam-me os tutoriais de internet – e eles foram bem construtivos.

Digitalizar 003_vector

Ainda não sou um gênio do design vegorial, mas já consigo fazer algumas coisinhas bem legais. Illustrator e Photoshop fazem mágica! Agora ninguém me segura! (Só edição de vídeo… mas daí tem o Premiere e o After Effects, mas eles têm nome masculino então me apaixonar por eles seria deveras… bizarro).

Pra quem não sabe...

Cell says:
*ai ai..o que é isso?

♕ Leon says:
*um tipo de ilustração baseada em calculos matematicos
*mas nao tem matematica na hora de ilustraar
*na verdade é util pq o computador calcula como vai ficar a sua imagem de segundo em segundo.. o q quer dizer q vc pode aproximar infinitamente q ela nunca vai perder qualidade


quinta-feira, 2 de abril de 2009

O Novo

Template

Um dia vi numa peça que as mulheres quando terminam com o namorado ou divorciam do marido dizem “vou mudar”. Fazem luzes no cabelo ou cortam curtinho.

Bom, o raciocínio, por mais fútil, pode ser aplicado aos homens também. Homens são tão – ou mais – fúteis quanto as mulheres. A diferença é que são mais sutis: as mulheres não precisam ter medo de serem chamadas de frescas. Elas respondem “sou feminina”. O homem que diz “sou macho” geralmente o diz mais pra si mesmo do que para os outros.

Mudei mesmo. Fiz luzes no template do meu blog e, como a maioria dos meus amigos, dos meus fiéis leitores, sabem, as cores dizem muito. Embora eu já tenha sido estigmatizado como “o cara que usa roupas de cores-terra”, será que alguém já parou pra pensar o motivo pelo qual eu me visto assim? Pois bem. Há um. Com o template não é diferente.

Logotipo

Não é porque eu sou designer. (Ok, éu adoro fazer logos). Eu sempre achei que esse blog precisava de uma logo. Quando eu tinha o “Chá com Açúcar”, o logo do blog era uma chicarazinha de chá com fumacinha em estilo Bauhaus. Pra combinar com o conceito do Simbolismo Alternativo, temos aqui uma nuvem para representar os sonhos (uma vez que o simbolismo foi um movimento escapista). Simples assim.

Todo o resto

Ora, é fase de transição! Todas as minhas convicções estão sendo abaladas e subvergidas. É tudo um grande jogo de argumentação de mim contra mim mesmo. Dos fatos contra mim mesmo, em que eu consigo ser o herói e o chefão. A vantagem? Não tem game-over. Estou curioso pra ver onde é que O Novo vai me levar.

sexta-feira, 27 de março de 2009

De última hora

Quando tapamos um buraco com cimento
O cimento do buraco é novo
E o que está à sua volta é velho

Destoa.

Cimento por cimento,
Seria o velho culpado por ser velho
ou o novo por ser novo?

terça-feira, 10 de março de 2009

O Mundo é Mágico

Perguntaram-me por que eu, após Furnas, como um grande cientificista, convertera-me à acefalia de acreditar em Deus ou Jesus. Categorizou-os como Mito, como Mágica.

Desconversei, mas discordo sumariamente. Continuo tão cientificista como antes. A Ciência completa a religiosidade. A Mágica não deixou de existir com a Ciência. Em verdade, a Ciência valida a Mágica.

É verdade que a Ciência explica as coisas, mas a partir do momento que ela explica uma pergunta, mil outras perguntas brotam imediatamente. Não há como dizer que isto não é Mágica, ou que não há Mágica nisto.

Ora, a Mágica torna-se verdadeira pela pura definição da Ciência. A Ciência nasce para explicar as coisas, tornando-se tão eterna e onipotente quanto uma religião ou um deus. Isso traz à tona o fato de que nunca haverá explicação para tudo o que existe.

Pois bem, se o inexplicável é Mágico, a Ciência por si só eternaliza a existência da Magia.

E em meio a toda essa inexplicabilidade, quem poderá ser tão prepotente a ponto de negar a existência de algo tão poderoso. Falho em perceber onde é que algo que não existe pode ter tanta influência no mundo e nas pessoas.

terça-feira, 3 de março de 2009

Vela

No começo é tudo cera firme com um pavio imponente e analítico.

Como que por um movimento falho, um mísero átimo de fricção, eis que me surge uma faísca para ofuscar o altivo pavio e ele acende.

Acende o fogo quase que instantaneamente. Destrutivo, quente como o inferno. O fogo é laranja, ardente de vida. O fogo é intenso, é vibrante, dançante, hipnótico.

Ora, um perfeito espetáculo, beleza incessante para quem vê. Um show de horrores para quem sente. Todos admiram, mas ninguém põe um dedo à prova ao temor de uma queimadura.

Oh, fogo imenso, este mero pavio agora curva-se em louvor à sua grandeza. Faz-me pequeno, rende-me inútil. Faz-me negro de dor com sua majestade diabólica! Queima-me por completo!

Porque o fogo não só desfaz o que é simples e estável. De fato o fogo corrói toda aquela cera, aquela estrutura, aquele suporte infinito, aquele mundo branco e confortável. O pavio curva-se ao seu mundo que derrete abaixo dele. Desfaz-se o chão.

Quando por fim acaba a vela, o que resta? Restam as cinzas, o cheiro azedo de memórias de um passado de parafina. Eis que se acaba a luz. Está findado o espetáculo. O fogo morre e deixa para trás um mundo gris. Um mundo inútil. Um resto de vela não mais vela.

Resta o contentamento da fumaça que por mais cinza que seja é leve. E ascende.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Cru

Ninguém me pergunta o que eu sou. Eu sou demasiadamente o não ser para que não duvidem do real.
O real não faz sentido porque é errado.

Vou viver o errado.
Não sou a fantasia alheia
Decepcione-se.
Não sou a sua fantasia

Sou a fera, a maior monstruosidade humana
(Ainda um reflexo do que você não é capaz de admitir em si mesmo.
é mais fácil admitir em mim)

sou uma hiena
em pele de cordeiro
que acha que é um leão

sou um leão covarde
sem um Mágico de Oz

sou o reflexo de uma aparência
sou raso, sou medíocre
sou todo casca

sou destoante
sou imoral
sou mais imundo
que o chão que piso
que o chão que os outros pisam
que o chão que as vacas pisam.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

World of Goo

Quem nunca jogou Tetris? Ou pelo menos já viu alguém jogar? E DX Ball? E Pinball?
No final, quem nunca jogou um jogo de quebra-cabeças que torce a mente e faz vc pensar em duzentos tipos de estratégia dos quais 199 não funcionam?

Pois bem, os clássicos monster que eu citei agora pouco estão prestes a receber um novo título criado em meio à grande revolução da nova geração de computadores e videogames.

Senhoras e senhores, menininhas e menininhos, cachorrinhos e gatinhos e desenhos animados aposentados (Space Ghost, estou olhando para vc!), eu lhes apresento,

World of Goo

World of Goo foi um jogo criado pela empresa de design de games chamada 2D Boy.
Até aí tudo bem, certo? Errado. 2D Boy é composta de um designer conceitual (Kyle Gabler), dois programadores (Ron Carmel e Alan Blomquist) e um burocrata (Paul Hubans). E ponto final. E se vc acha que é só um jogo de flash, vc ainda não viu nada!

Principal
World of Goo é focado em construir estruturas de... bem... gosma. São bolinhas de gosma, algumas com cores e propriedades diferentes. Gosma preta é rígida e não pode ser movimentada depois de colocada. Gosma verde pode ser livremente

movimentada, gosma vermelha infla e se torna um balão, e por aí vai... A idéia é passar o maior número possível (além do mínimo necessário para
terminar a fase) por um cano em algum lugar da fase. Mas não é só questão de construir a estrutura. Além de aprender a equilibrar sua cadeia de gosma, vc ainda tem que lidar com vários obstáculos mortais. E acredite quando eu digo que as bolinhas de gosma simplesmente não têm senso de auto-preservação. Vc tem que pensar bastante em algumas fases, em outras é tentativa e erro.... em outras prevalece a lei da cagada.

Design
Como futuro designer gráfico e aspirante a designer de games eu nao posso deixar de citar um dos fatores mais decisivos em World of Goo. O design. Não só o gráfico, mas o som também. A trilha sonora é tão boa que eu baixei uma não oficial ripada do jogo pra poder ficar ouvindo no meu mp3 e em possíveis aventuras de RPG. Os efeitos de som são hilários, principalmente o barulho que as bolinhas de gosma fazem quando são seguradas e colocadas no lugar. Lembra Worms.

O design gráfico do jogo também é impressionante. A sua primeira impressão também vai ser Worms. Com um pouco de jogo vc começa a notar os elementos Timburtonianos como bonecos cabeçudos e personagens e cenários que são uma mistura de fofo e macabro. Bem indie. Tudo
tem cores, mas não são cores demais. Numa determinada parte do jogo tudo fica verde-digital no estilo Matrix e vc tem que lidar com um mundo de "gosma-virtual!". Os programadores fizeram o jogo com carinho e prestaram atenção em detalhes. Até o cursor é animado e tem um rastro que vai diminuindo, fazendo a setinha do mouse se transformar numa minhoquinha preta que vai ganhar a vez durante as telas de loading do jogo.

Adições
Depois que vc zera o jogo a bricadeira não acaba não! Vc é constantemente direcionado para a World of Goo Corporation. É um estoque de todas as bolinhas de gosma extra que vc coletou durante todo o jogo. Seu objetivo? Construir o que vc quiser. Como o jogo mantém a conta de quantos metros de altura sua estrutura de gosma tem, a tendência fatal é de vc começar a querer construir torres cada vez mais altas. Pra isso vc precisa de uma boa base. Pra isso vc precisa de MUITAS bolinhas de gosma. Aí vc é levado às diversas fases do jogo pra tentar quebrar seu recorde de bolinhas extra e conseguir uma ou duas adicionais pra contrabalancear o peso do seu monumento de gosma.

Pra acirrar a competição (e entrar no padrão "jogo atual tem que ter um dedinho na internet"), vc vê o tamanho das estruturas de outras pessoas de vários cantos do mundo como uma nuvemzinha. Se vc colocar o mouse - perdão, a minhoquinha preta - em cima da nuvem vc recebe a informação de quantos metros tem a torre do compadre, quantas bolas de gosma ele tem e quantas ele usou pra chegar naquela altura. Acredite, vc fica todo feliz quando consegue 20 metros usando todas as suas 260 bolinhas e fica PUTO quando vc ve que um neguinho na Suécia que tem um nickname estranho conseguiu fazer uma torre de 25 metros com 120 das 980 bolinhas que ele tem.

É um jogo bom. Jogue. Você não tem desculpa. Roda em laptops onboard com 512 megas de RAM. Tem por volta de 150 megas completo e instalado.

O Ministério da Saúde adverte: World of Goo pode causar dependência.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Batismo Digital

Estava eu a conversar com um amigo no MSN sobre Orkut...

• Leon says:
me passa seu orkut plz
kisuke says:
n tenhu n.....
kisuke says:
^^
• Leon says:
o.o oloko
kisuke says:
kkk
• Leon says:
existe individuo sem orkut no brasil hoje em dia?
sua raça ta em extinção viu.... hoje em dia quando vc NASCE é criado um orkut pra vc

Eu falo isso porque vi isso acontecer duas vezes com minhas primas. Minha prima ficou grávida. Assim que nasceu o bebê ela criou um orkut com o nome dela e colocava fotos. E as pessoas mandavam recados (e eram respondidas o.O).

Hoje em dia no Brasil, é verdade, é raro achar alguém que não tenha Orkut. O tópico já foi comentado à exaustão. Todos estão cansados de saber que é uma coleção de coisas juntas. O surto de desenvolvimento que nosso país está sofrendo (desde a propagação da banda-larga em 2003), a personalidade cultural do brasileiro (extrovertido, sociável), aliados ao fato do brasileiro ser o campeão de tempo de conexão (segundo o ibope, 23,33 horas por mês só na net).

Orkut tornou-se uma alternativa ao "oi, tudo bem? de quê você gosta? me passe seu telefone". Minha mãe quando ouve falar disso arranca os cabelos. Não concorda. Minha avó já diz que o mundo está perdido. Eu me sinto quase mal por discordar, mas eu não acho que isso seja nenhum presságio apocalíptico. Quando Graham Bell lançou o inovador telefone, a galera deve ter pensado "blasfêmia!", "pecado!", "enviado do demônio". Sem hipérboles, devem ter pensado que as pessoas iam se desumanizar porque com o telefone não se tinha contato direto com a pessoa. Televisão, mesma coisa. Hoje a pessoa leva o telefone dentro do bolso para onde quiser e, pior, pode assistir televisão nele. Nem por isso o contato social deixou de existir. Acho o tal 'efeito wall-e', se não impossível, muito distante. Já dizia o fodão, "o homem é um ser social".

Potencialmente, para consolidar mais ainda o meu épico eu-crítico (a.k.a. 'do contra'), eu acho que as novas facilidades e inutilidades criativas que a internet poporciona são úteis até para o inverso do que se diz. Sinto que meus amigos que têm Facebook, Skype, Flickr, Orkut, MSN e jogam online estão presentes em minha vida em muitos mais 'programas' do que os que só mandam e-mail. A internet tornou possível o impossível: passar muito mais tempo com os amigos do que o de costume. Isso diminui o tempo que você leva para se decepcionar com ela, o que antecipa a formação da sua maturidade. (não, isso não se aplica a todo mundo, mas o que se aplica? Mulheres gostam de homens e homens gostam de mulher? Pense de novo.).

O homem é conhecido pela sua adaptabilidade. Se formos sempre tradicionalistas e contrários à evolução, então ela não existe. Hoje portanto, ponderei sobre criar um Flickr. Amanhã estarei criando um Orkut para meu filho recém nascido. E quem quiser reclamar já está um passo atrás.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Spore

Ok. Spore tomou conta das minhas férias. Não só o jogo, mas toda a história e a hemorragia de criatividade que o jogo proporciona. No final eu tenho milhares de criações e uma empolgação que foi o suficiente pro meu irmão me pagar uma CD-Key original.

Aqui estão as minhas criações (creio que esse widget seja atualizado todas as vezes que eu criar alguma coisa nova no jogo, que vai automaticamente para a internet, que vai automaticamente pro site do Spore, que vem automaticamente pra cá.... Falando em globalização, ...)