sábado, 15 de setembro de 2007

Ode à Vagabundagem


Antecedendo o texto, novamente, vão as desculpas pelo quão deliberado ele está. Escrevi sem organização. Divago demais para revisar. E além disso.... a euforia é tão grande!


Não obtive sucesso algum em perceber o motivo pelo qual não se consideram mais filósofos tanto quanto antigamente. É porque hoje existem atores, cantores e jogadores de futebol? Mas a Grécia foi pioneira em teatro, música e esportes!


Excluindo, naturalmente, a formação científica dos filósofos de antigamente – e o faço por uma razão dramática – o pensamento, e principalmente a consciência humana foram vertidos a uma categoria minoritária nas prioridades de nossa vida. Hoje se trabalha para sobreviver, e calcula-se para o mesmo. É casa, trabalho, trabalho, casa. À família restam socos molhados de álcool.


O tempo passa, e o ser humano não tem tempo para pensar. O capitalismo consumiu toda a liberdade do homem, e o fez trabalhar e trabalhar para sobreviver. Bem aventurados os servos, que, em sua infinita pobreza, eram felizes por estarem servindo ao rei. Em sua infinita pobreza, tinham seu papel fixo na sociedade em que viviam. Mas eram outros tempos.


O ser humano ao longo de sua existência tem perdido a mágica da divagação. Pensar, imaginar, criar. Hoje é tudo regido por um capitalismo intenso. Não se escreve para as musas, não se pintam os deuses, não se toca por pensar! É tudo para vender, e os outros seres humanos não são a sociedade, são apenas consumidores. Lembro-me da cena do filme animado da Pixar, Madagascar, onde Alex, o leão, em sua cegueira por comida, logo vê todos os seres à sua volta se transformar em pedaços de bife. Inclusive seus amigos.


Não se divaga mais. Vivemos como máquinas. A arte de flanar foi sendo perdida, e excêntricos são aqueles que teimam em mantê-la.


Hoje sou crucificado porque me recuso a estudar. Punido por exaltar a liberdade. É como se tudo que eu fizesse e pensasse estivesse fora do campo real. Como se eu fantasiasse o tempo inteiro. É como se eu não fosse confiável. Quase como se eu não fosse uma boa pessoa. “Oh, ele não tem o segundo-grau!”, “Oh, ele não tem nível superior”, “Oh, ele não tem mestrado!”. Tem-se medo dos não estudados? Quem rouba mais tem dúzias de diplomas pregados na parede! Quem rouba mais é esperto o suficiente para ser absolvido, afinal, eles fazem suas próprias leis. Não há divagação nisso. Há ganância.


Ora, a culpa não é minha. A culpa, meus amigos, é da humanidade que falha em ver a divagação como um pleno exercício da faculdade de pensar.

5 comentários:

  1. leonzinhuuu....concordo com seu ponto de vista, e acho q todos pensamos assim as vezes, mais oq podemos fazer afinal? grande pergunta!
    bjusss
    adoroooooo*

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  2. Bom.. não sei se concordo inteiramente. Entendo a 'revolta'. No mais, acho que culpar o capitalismo pela negligencia das pessoas para com a arte/filosofia é errado. Os tempos mudam, as pessoas mudam, os comportamentos mudam e os pensamentos e preocupações pessoais tbm.
    E no mais, como poderia você escrever tão belo texto, com tantas boas argumentações e estruturação de parágrafos, tanto conhecimento sobre arte e filosofia se não tivesse estudado?
    As pessoas fazem a faculdade e acabam usando seu conhecimento para se sobressair. Mas quem disse que algumas delas não se satisfazem pelo que fazem? Não se congratulam pelo que aprenderam e pelo que estudaram?
    Enfim. Eis meu grande comentário que de nada vai adiantar. ;)
    Saudades =*

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  3. sabrina o.O c skeceu q a gente somos amiguinhos desde a sexta serie?? pra q ser tao formal, fia?

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  4. Há controvérsias... como diria o papai, e ele diria...

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  5. ehafiuhfeaiuhfeiuahifueah
    chamo isso de ano de vestibular
    perdão =*

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