segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

World of Goo

Quem nunca jogou Tetris? Ou pelo menos já viu alguém jogar? E DX Ball? E Pinball?
No final, quem nunca jogou um jogo de quebra-cabeças que torce a mente e faz vc pensar em duzentos tipos de estratégia dos quais 199 não funcionam?

Pois bem, os clássicos monster que eu citei agora pouco estão prestes a receber um novo título criado em meio à grande revolução da nova geração de computadores e videogames.

Senhoras e senhores, menininhas e menininhos, cachorrinhos e gatinhos e desenhos animados aposentados (Space Ghost, estou olhando para vc!), eu lhes apresento,

World of Goo

World of Goo foi um jogo criado pela empresa de design de games chamada 2D Boy.
Até aí tudo bem, certo? Errado. 2D Boy é composta de um designer conceitual (Kyle Gabler), dois programadores (Ron Carmel e Alan Blomquist) e um burocrata (Paul Hubans). E ponto final. E se vc acha que é só um jogo de flash, vc ainda não viu nada!

Principal
World of Goo é focado em construir estruturas de... bem... gosma. São bolinhas de gosma, algumas com cores e propriedades diferentes. Gosma preta é rígida e não pode ser movimentada depois de colocada. Gosma verde pode ser livremente

movimentada, gosma vermelha infla e se torna um balão, e por aí vai... A idéia é passar o maior número possível (além do mínimo necessário para
terminar a fase) por um cano em algum lugar da fase. Mas não é só questão de construir a estrutura. Além de aprender a equilibrar sua cadeia de gosma, vc ainda tem que lidar com vários obstáculos mortais. E acredite quando eu digo que as bolinhas de gosma simplesmente não têm senso de auto-preservação. Vc tem que pensar bastante em algumas fases, em outras é tentativa e erro.... em outras prevalece a lei da cagada.

Design
Como futuro designer gráfico e aspirante a designer de games eu nao posso deixar de citar um dos fatores mais decisivos em World of Goo. O design. Não só o gráfico, mas o som também. A trilha sonora é tão boa que eu baixei uma não oficial ripada do jogo pra poder ficar ouvindo no meu mp3 e em possíveis aventuras de RPG. Os efeitos de som são hilários, principalmente o barulho que as bolinhas de gosma fazem quando são seguradas e colocadas no lugar. Lembra Worms.

O design gráfico do jogo também é impressionante. A sua primeira impressão também vai ser Worms. Com um pouco de jogo vc começa a notar os elementos Timburtonianos como bonecos cabeçudos e personagens e cenários que são uma mistura de fofo e macabro. Bem indie. Tudo
tem cores, mas não são cores demais. Numa determinada parte do jogo tudo fica verde-digital no estilo Matrix e vc tem que lidar com um mundo de "gosma-virtual!". Os programadores fizeram o jogo com carinho e prestaram atenção em detalhes. Até o cursor é animado e tem um rastro que vai diminuindo, fazendo a setinha do mouse se transformar numa minhoquinha preta que vai ganhar a vez durante as telas de loading do jogo.

Adições
Depois que vc zera o jogo a bricadeira não acaba não! Vc é constantemente direcionado para a World of Goo Corporation. É um estoque de todas as bolinhas de gosma extra que vc coletou durante todo o jogo. Seu objetivo? Construir o que vc quiser. Como o jogo mantém a conta de quantos metros de altura sua estrutura de gosma tem, a tendência fatal é de vc começar a querer construir torres cada vez mais altas. Pra isso vc precisa de uma boa base. Pra isso vc precisa de MUITAS bolinhas de gosma. Aí vc é levado às diversas fases do jogo pra tentar quebrar seu recorde de bolinhas extra e conseguir uma ou duas adicionais pra contrabalancear o peso do seu monumento de gosma.

Pra acirrar a competição (e entrar no padrão "jogo atual tem que ter um dedinho na internet"), vc vê o tamanho das estruturas de outras pessoas de vários cantos do mundo como uma nuvemzinha. Se vc colocar o mouse - perdão, a minhoquinha preta - em cima da nuvem vc recebe a informação de quantos metros tem a torre do compadre, quantas bolas de gosma ele tem e quantas ele usou pra chegar naquela altura. Acredite, vc fica todo feliz quando consegue 20 metros usando todas as suas 260 bolinhas e fica PUTO quando vc ve que um neguinho na Suécia que tem um nickname estranho conseguiu fazer uma torre de 25 metros com 120 das 980 bolinhas que ele tem.

É um jogo bom. Jogue. Você não tem desculpa. Roda em laptops onboard com 512 megas de RAM. Tem por volta de 150 megas completo e instalado.

O Ministério da Saúde adverte: World of Goo pode causar dependência.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Batismo Digital

Estava eu a conversar com um amigo no MSN sobre Orkut...

• Leon says:
me passa seu orkut plz
kisuke says:
n tenhu n.....
kisuke says:
^^
• Leon says:
o.o oloko
kisuke says:
kkk
• Leon says:
existe individuo sem orkut no brasil hoje em dia?
sua raça ta em extinção viu.... hoje em dia quando vc NASCE é criado um orkut pra vc

Eu falo isso porque vi isso acontecer duas vezes com minhas primas. Minha prima ficou grávida. Assim que nasceu o bebê ela criou um orkut com o nome dela e colocava fotos. E as pessoas mandavam recados (e eram respondidas o.O).

Hoje em dia no Brasil, é verdade, é raro achar alguém que não tenha Orkut. O tópico já foi comentado à exaustão. Todos estão cansados de saber que é uma coleção de coisas juntas. O surto de desenvolvimento que nosso país está sofrendo (desde a propagação da banda-larga em 2003), a personalidade cultural do brasileiro (extrovertido, sociável), aliados ao fato do brasileiro ser o campeão de tempo de conexão (segundo o ibope, 23,33 horas por mês só na net).

Orkut tornou-se uma alternativa ao "oi, tudo bem? de quê você gosta? me passe seu telefone". Minha mãe quando ouve falar disso arranca os cabelos. Não concorda. Minha avó já diz que o mundo está perdido. Eu me sinto quase mal por discordar, mas eu não acho que isso seja nenhum presságio apocalíptico. Quando Graham Bell lançou o inovador telefone, a galera deve ter pensado "blasfêmia!", "pecado!", "enviado do demônio". Sem hipérboles, devem ter pensado que as pessoas iam se desumanizar porque com o telefone não se tinha contato direto com a pessoa. Televisão, mesma coisa. Hoje a pessoa leva o telefone dentro do bolso para onde quiser e, pior, pode assistir televisão nele. Nem por isso o contato social deixou de existir. Acho o tal 'efeito wall-e', se não impossível, muito distante. Já dizia o fodão, "o homem é um ser social".

Potencialmente, para consolidar mais ainda o meu épico eu-crítico (a.k.a. 'do contra'), eu acho que as novas facilidades e inutilidades criativas que a internet poporciona são úteis até para o inverso do que se diz. Sinto que meus amigos que têm Facebook, Skype, Flickr, Orkut, MSN e jogam online estão presentes em minha vida em muitos mais 'programas' do que os que só mandam e-mail. A internet tornou possível o impossível: passar muito mais tempo com os amigos do que o de costume. Isso diminui o tempo que você leva para se decepcionar com ela, o que antecipa a formação da sua maturidade. (não, isso não se aplica a todo mundo, mas o que se aplica? Mulheres gostam de homens e homens gostam de mulher? Pense de novo.).

O homem é conhecido pela sua adaptabilidade. Se formos sempre tradicionalistas e contrários à evolução, então ela não existe. Hoje portanto, ponderei sobre criar um Flickr. Amanhã estarei criando um Orkut para meu filho recém nascido. E quem quiser reclamar já está um passo atrás.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Spore

Ok. Spore tomou conta das minhas férias. Não só o jogo, mas toda a história e a hemorragia de criatividade que o jogo proporciona. No final eu tenho milhares de criações e uma empolgação que foi o suficiente pro meu irmão me pagar uma CD-Key original.

Aqui estão as minhas criações (creio que esse widget seja atualizado todas as vezes que eu criar alguma coisa nova no jogo, que vai automaticamente para a internet, que vai automaticamente pro site do Spore, que vem automaticamente pra cá.... Falando em globalização, ...)